Não o tenho à tão poucas horas e já sinto uma falta enorme do doce dos seus lábios carnudos. Como pode o meu coração ter ficado tão preenchido às 18:03h e na viagem de regresso a casa, ter ficado com um buraco enorme novamente?
O carro preto onde me encontrava parou de repente em frente a uma casa que me é tão familiar. Abri a porta e já tinha como recepcionistas a minha velha e companheira irmã e a minha canininha Carlota com um abanar de alegria consequência da minha presença. Um sorriso apareceu no meu rosto. Entrei pela cave e subi pelas escadas chegando (até que enfim) ao meu desarrumado quarto. Deixei-me cair numa cama por fazer repleta de roupa por dobrar, despi-me aumentando a desarrumação. Sinto-me uma vagabunda no meu tão próprio habitat. Não é difícil adivinhar o que me surgiu no pensamento naquele momento, pois não? ELE. A fotografia que se encontra na minha mesa-de-cabeceira já faz tão parte de mim. Já olhei tantas vezes para ela que poderei descrever qualquer pormenor mesmo sem a estar a observar. Aquele rapazinho vestido de camisola vermelha, sorrindo com a sua boca e com os seus olhos gigantes. O meu menino cresceu tanto mas nota-se de longe que não mudou nem um bocadinho. Continua a sorrir com a sua boca e com os seus olhos (quando me vê). Tornou-se a pessoa mais importante da minha vida e para sempre. Um dia, o meu quarto vai estar novamente cheio de roupa no chão, mas ao arrumá-lo vou fazer dois montinhos - a dele e a minha roupa. Um dia, a minha cama vai estar novamente por fazer mas perfumada com o meu e o seu perfume. Um dia, vou olhar novamente para a fotografia que se encontra na minha mesa-de-cabeceira - não uma dele, mas uma nossa. Um dia, vou acordar pela madrugada e em vez de me abraçar à minha estúpida almofada, vou ter novamente o doce dos seus lábios carnudos...
*.* Oh, gostei imenso.
ResponderEliminarEstá tão apaixonante! Adorei ^^,
q querido! tambem quero um 'habitat' assim ahah:)
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